terça-feira, 29 de setembro de 2015

Longe da escola, perto de si


Depois de fotografados passei a imagem para preto e branco. Gosto imenso. Gente boa perdida e "à rasca". Assim batizada por quem nunca esteve verdadeiramente naquela condição.
Em cada olhar, de frente ou para baixo, a mesma impotência, a mesma revolta. Estou com eles!

domingo, 27 de setembro de 2015


Há um tempo de Manuela que se desfaz nas paredes da cidade. Foi mais uma vez a relação do meu olhar com o efémero, o Mundo, que me fez parar. Fotografo também para refletir.

sábado, 26 de setembro de 2015

Esperem aí... sff!


Vinham a descer, com o seu fotógrafo oficial, a escadaria do Bom Jesus de Braga.
Esperem aí, é só um clique, acrescentei.
Assim fizeram. Ficaram felizes

Fotografei o tempo


De repente vi o tempo e parei. Fotografei o tempo (a partir do poema de Manuel de Barros "Difícil fotografar o silêncio).

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A mulher, o cão e a máquina de filmar


Ali estava ela! Ela e o cão! Ela, o cão e a máquina de filmar.

Foi por esta ordem que vi e desde logo percebi que tínhamos algo em comum: a rua como laboratório de imagens ou, pelo menos, de registo. Aproximei-me devagarinho, baixei-me, pedi para fotografar e ela, cúmplice, disse que sim.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Mais importante que a máquina é o passado do fotógrafo


Por muito que dominemos a técnica fotográfica é sempre o nosso passado que está por detrás de cada "disparo". É a nossa história que nos leva ao encontro da nossa curiosidade. Por muito que aprecie várias vertentes da fotografia, com especial destaque para a fotografia de rua, fotografia de autor e retrato, a minha formação académica é como Geógrafo e foi aí que me habituei a questionar a razão de existência das mais variadas paisagens físicas ou humanas. Aqui, neste pequeno sítio (Portela do Homem / Gerês), estava tanto; estava a água, a ribeira, o declive, a velocidade, a erosão das rochas provocada pela corrente, tanto e tão belo que me fez lembrar o "rio da minha aldeia" do Fernando Pessoa. Tentei conseguir uma imagem à altura.

domingo, 13 de setembro de 2015

Vem dar uma volta no meu carrinho


Ali mesmo, no esplendor da relva, mãe e filho segredavam afetos para a vida. Com a objetiva 70-200mm aproximei-me sem entrar na intimidade. Não me interessou quem eram, apenas a entrega de amores tão inocentes. O enquadramento fechado parece dizer "isto é só entre nós"; o carrinho "viagem para sempre, entre eles".

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Ano Internacional da luz - Foto distinguida


Quase todos os fotógrafos de Lisboa têm uma "fixação" pelo elétrico 28 e eu não sou diferente. Final de tarde, peguei na máquina, no flash e no tripé e aí fui eu em direção à Sé de Lisboa. A foto demorou quase 45' a ser conseguida.
Primeiro ver o comportamento dos elétricos a subir e a descer, e já passou um (passavam poucos aquela hora), há que esperar por outro enquanto meço a luz no local. Depois preparar o flash para disparar à 2ª cortina, lá vem outro, disparei cedo de mais. A seguir novo teste, vinha lá mais um, mas estava um engarrafamento e o elétrico passou quase parado; esperar pelo próximo, Vem outro, novo clique e o obturador abre e fecha demasiado rápido, novo acerto. Vem lá outro... daquela vez acertei!

Esta foto teve uma menção honrosa este ano no concurso Luz e Flash, integrado nas celebrações do Ano Internacional da Luz.

Dados técnicos: ISO 320; Distância focal 19 mm, abertura f/18, velocidade 2,5".

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

domingo, 6 de setembro de 2015

O (bom) peso de um neto na fotografia


Avô, temos que ir ver os azulejos da estação de São Bento, no Porto! Dizia-me o meu segundo neto mais velho (são quatro); lá fomos.
Ali chegados verificámos o magnífico o conjunto de painéis instalados por Jorge Colaço, em 1905 e cobrindo uma área superior a 550 m2. Mais junto ao chão, e quase até ao tecto, em tons de azul, temos, entre outros assuntos, o Torneio de Arcos de Valdevez, a apresentação de Egas Moniz ao Rei Afonso VII de Leão e Castela, a Conquista de Ceuta e a entrada de D. João I e a Rainha D. Filipa de Lencastre no Porto, em 1387. Junto ao tecto, um friso colorido referente ao transporte ferroviário. 
Espero que o meu neto tenha gostado. A imensa quantidade de fotógrafos amadores presentes no local gostaram, de certeza.     

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Estavam tão felizes!


Tinha acabado de fotografar a abertura do festival de verão Lisboa na rua, no jardim do Arco Cego, onde actuou a Orquestra Angra Jazz. Gente de todas as idades começavam, satisfeitas, a retirarem-se, vagarosamente, do recinto. Deixando o palco para trás caminhei em direção ao carro que me levaria a casa; sentados na relva, alheios a tudo, estava este casal, para quem a festa parecia estar ainda no início. Olhei rapidamente e segui em frente fascinado: a entrega, os contrastes, as cores, a felicidade, a força dos olhares. Parei, tive que voltar a trás.
- Desculpem, posso-vos tirar uma fotografia.
- Para quê? perguntou ele.
- Faço fotografia de rua e estou encantado com vocês; respondi.
Ele acenou afirmativamente com a cabeça e entregaram-se à foto como se entregavam a eles próprios. Cliquei e foi este o resultado final.

PS: Cada fotografia tem uma história e esta é a primeira história deste meu novo blogue. Se o desejar seguir faça favor, terei muito gosto.