Tinha acabado de fotografar a abertura do festival de verão Lisboa na rua, no jardim do Arco Cego, onde actuou a Orquestra Angra Jazz. Gente de todas as idades começavam, satisfeitas, a retirarem-se, vagarosamente, do recinto. Deixando o palco para trás caminhei em direção ao carro que me levaria a casa; sentados na relva, alheios a tudo, estava este casal, para quem a festa parecia estar ainda no início. Olhei rapidamente e segui em frente fascinado: a entrega, os contrastes, as cores, a felicidade, a força dos olhares. Parei, tive que voltar a trás.
- Desculpem, posso-vos tirar uma fotografia.- Para quê? perguntou ele.
- Faço fotografia de rua e estou encantado com vocês; respondi.
Ele acenou afirmativamente com a cabeça e entregaram-se à foto como se entregavam a eles próprios. Cliquei e foi este o resultado final.
PS: Cada fotografia tem uma história e esta é a primeira história deste meu novo blogue. Se o desejar seguir faça favor, terei muito gosto.
Podemos imaginar um riquíssimo enredo para a história por trás destes dois rostos... Boa malha!
ResponderEliminarClaro. É essa a ideia, que cada história vá desaguar noutra.
EliminarUm abraço.
É isto que me atrai na fotografia. A história que está presente naquele registo, a dificuldade na construção da foto, torna-se mais interessante do que a técnica fotográfica com que é obtida.
ResponderEliminarPor nos contares essas histórias estás, mais uma vez, de parabéns.
Paulo Fernandes